No silêncio estratégico, até os melhores escritórios desaparecem — no mercado jurídico atual, ser bom e ser visto são exigências complementares, não escolhas.
Vivemos um momento em que reputação, visibilidade e credibilidade se tornaram ativos inegociáveis no mercado jurídico. Em um cenário de concorrência qualificada, novas exigências regulatórias e maior exposição pública, não basta dominar a técnica — é preciso construir relevância. E isso não se faz apenas nos autos. A comunicação estratégica, conduzida com ética e profissionalismo, passou a ser uma extensão natural da atuação jurídica.
Ainda há bancas que resistem à ideia de assessoria de imprensa por temor, desconhecimento ou apego a práticas que não condizem mais com os desafios do presente. Essa resistência, contudo, tem um preço: invisibilidade perante o mercado, afastamento de potenciais clientes e perda de protagonismo nos temas que importam à sociedade.
Não se trata de “fazer marketing”. Trata-se de participar ativamente do debate público qualificado, com responsabilidade e dentro dos limites éticos da profissão. A imprensa, quando bem acessada, cumpre um papel institucional: amplia o alcance das teses jurídicas relevantes, fortalece a imagem de seriedade da banca e posiciona o escritório como referência em sua área de atuação.
Assessoria de imprensa especializada é uma alavanca institucional — não um artifício comercial.
Ela atua na consolidação da reputação, na proteção em momentos de crise e na aproximação com os stakeholders que importam: empresas, formadores de opinião, mercado e poder público.
Na era da informação em tempo real, quem não se posiciona com consistência corre o risco de ser posicionado por terceiros — ou, pior, de simplesmente não ser lembrado.
A comunicação jurídica hoje exige sofisticação, timing e ética. Bancas que compreendem essa lógica não apenas se mantêm atualizadas: se tornam agentes relevantes na construção do Direito contemporâneo.
Cinco perguntas que seu escritório precisa responder agora
Seu escritório está pronto para se comunicar com o mercado com responsabilidade e estratégia?
- A banca já mapeou suas áreas de excelência e os temas em que deseja ser reconhecida publicamente?
Sem um posicionamento claro, a comunicação institucional se dilui e perde eficácia. - Os sócios e porta-vozes estão preparados para interações com a imprensa, com domínio técnico e linguagem acessível?
Traduzir o jurídico sem banalizar o conteúdo é uma competência que precisa ser desenvolvida. - O escritório tem políticas internas que orientam o que pode ou não ser divulgado, respeitando sigilo e ética profissional?
É possível comunicar-se com transparência sem comprometer a confidencialidade das relações com os clientes. - A equipe tem disponibilidade e estrutura para responder com agilidade às demandas informativas da imprensa?
O tempo da mídia é diferente do tempo do jurídico. Estar preparado é diferencial. - Existe cultura institucional que valoriza reputação, relações com a sociedade e o papel educativo da comunicação?
Sem esse alinhamento, o investimento em imprensa se torna pontual e ineficaz.
A assessoria de imprensa não é uma vitrine — é um instrumento estratégico de posicionamento e legitimidade.
E a pergunta que fica é: sua banca está preparada para ser ouvida no momento certo, da forma certa e pelos canais certos?
Silvana Deolinda, jornalista especializada nos campos de divulgação estratégica e assessoria de imprensa com experiência na área empresarial, institucional e do Direito, responsável pela divulgação da imagem de diversos escritórios de advocacia.